2010, é o Ano Internacional da Biodiversidade, e tem servido não só para informar os cidadãos da necessidade de preservar o mundo vivo, como também têm sido debatidas as razões pelas quais o devemos fazer.
Olhemos para o caso dos Moluscos. O filo Mollusca é o segundo maior em número e variedade de espécies (precedido apenas pelo filo Arthropoda, onde se encontram crustáceos, insectos, aracnídeos, entre outros). Ao longo do processo evolutivo de milhões de anos tiveram a oportunidade de colonizar diversos locais. Os moluscos são animais de corpo mole e sem esqueleto que podem ser encontrados em terra ou na água – habitam em águas doces, salobras ou salgadas -, a grandes profundidades ou a elevadas altitudes, em pântanos, lagos, grutas, montanhas ou florestas. Podem apresentar uma concha externa, interna (revestida pelo manto), ou podem mesmo não ter concha. Exemplos de moluscos conhecidos são os quitons (poliplacóforos), lesmas-do-mar, conus, olivas, caracóis (gastrópodes), amêijoas, mexilhões, ostras (bivalves), lulas, polvos, chocos (cefalópodes).
Se os seres-humanos preservarem os animais deste filo, e se os consumirem de um modo sustentável, poderão continuar a usufruir deles no futuro. Estes animais têm tido ao longo da História uma importância relevante a vários níveis: a nível cultural os moluscos e as conchas podem ser encontrados na mitologia, arquitectura, e pintura; as pérolas, que resultam de um mecanismo de defesa natural dos bivalves, possuem um reconhecido prestígio a nível estético; as conchas podem ser utilizadas na construção de peças artísticas melhorando a economia de zonas costeiras; diferentes moluscos são usados na alimentação de vários povos; derivados destes animais podem ser usados na cosmética e até na biomedicina.
Eis várias razões por que é imprescindível a preservação dos moluscos, sendo que o mesmo poderia ser dito de outros grupos de animais e plantas. Torna-se assim importante proteger a biodiversidade que nos rodeia.
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